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Professoras das creches filantrópicas de Londrina entram em greve por reajuste salarial
13 Maio

Professoras das creches filantrópicas de Londrina entram em greve por reajuste salarial

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As professoras dos Centros de Educação Infantil (CEIs) filantrópicos de Londrina iniciaram uma greve nesta terça-feira (13), cobrando reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A principal reivindicação é a redução da disparidade salarial em relação às profissionais dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), cuja diferença chega a 80%.

O movimento é liderado pelo Sinpro (Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná), que representa cerca de 1.400 professoras das 63 creches filantrópicas da cidade. Segundo o sindicato, ao menos 40 unidades fecharam totalmente as portas. O ato principal da paralisação aconteceu em frente ao CEI Kátia Maria Garcia Montazzolli Killner, na zona norte.

A categoria cobra da prefeitura a negociação de um reajuste de 4,74%, correspondente à inflação do período, e um plano de aumento gradual dos salários até 2028. Atualmente, uma professora de CEI filantrópico recebe R$ 2.291,10, enquanto o salário nas CMEIs é de R$ 4.800. O Sinpro propõe um escalonamento com aumentos reais de 15% em 2026 e 2027, e de 10% em 2028, para reduzir essa diferença.

Pressão e apoio popular

O sindicato afirma que algumas professoras foram pressionadas com ameaças de desconto salarial e demissões, mas grande parte da comunidade escolar apoia a paralisação. Pais de alunos, como a operadora de caixa Luciene Testa Couto, defendem a valorização das profissionais, mesmo reconhecendo os transtornos causados pela greve.

Justiça determina funcionamento parcial

A pedido da Prefeitura, a Justiça determinou que ao menos 60% das professoras mantenham as atividades nas creches, sob pena de multa diária de R$ 5 mil ao sindicato. A gestão municipal argumenta que a greve atinge um serviço essencial, responsável pelo atendimento de mais de 8 mil crianças.

O secretário de Fazenda, Éder Pires, afirmou que o município vem intermediando o diálogo entre as partes, mas ressaltou que a negociação salarial deve ocorrer diretamente entre os sindicatos das entidades filantrópicas e o Sinpro. Ele também reconheceu a necessidade de realocar recursos no orçamento para garantir a reposição salarial, caso seja firmado um acordo.

Mesmo com a liminar judicial, o Sinpro disse que ainda não foi notificado e garantiu a continuidade da mobilização até que a Prefeitura se manifeste oficialmente.

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