Na última sexta-feira (25), a empresa contratada pela Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação deu início ao Plano de Segurança das Barragens do Sistema Igapó, em Londrina. A ação prevê uma análise completa das condições estruturais de todas as represas, desde o Parque Arthur Thomas até o Lago Igapó 4. Serão avaliadas as estruturas físicas, como comportas, escotilhas, vertedouros e o nível de assoreamento dos lagos.
Nesta segunda-feira (28), foi realizada a etapa de batimetria no Lago Igapó 1, onde está localizada a principal barragem, na Rua da Canoagem. A medição foi feita com um ecobatímetro — um pequeno barco controlado remotamente — que percorreu o lago para mapear a profundidade e calcular o volume de água. O equipamento emite ondas ultrassônicas a cada metro percorrido, permitindo também a detecção de lama e resíduos de grande porte no fundo do lago.
De acordo com o secretário municipal de Obras, Otavio Gomes, o levantamento ajudará a identificar o tipo de material que está assoreando o lago. “Vamos entender se se trata apenas de sedimentos naturais, como terra e resíduos arrastados pela chuva, ou se há objetos maiores, como peças de veículos e móveis descartados de forma irregular”, explicou.
Estudo deve durar até 10 dias
A análise, que tem previsão de duração entre sete e dez dias, é essencial devido à alta turbidez da água. O contrato com a empresa BSG Consultoria tem valor de R$ 219.800,00, e os laudos técnicos devem ser entregues em até 120 dias, com prazo final previsto para o fim de agosto.
Esses relatórios vão embasar futuras ações de desassoreamento e permitir o dimensionamento adequado das intervenções, incluindo o controle do nível da água por meio de comportas. “Esse trabalho é o ponto de partida para definirmos, no momento oportuno, o volume ideal de retirada de sedimentos e a viabilidade de regulação hídrica dos lagos”, afirmou Gomes.
