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Jovem Indígena Aprova-se em Medicina na UEL e Compartilha Relato Inspirador
30 Abr

Jovem Indígena Aprova-se em Medicina na UEL e Compartilha Relato Inspirador

A caloura do curso de Medicina, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Eloá Lourenço, de apenas 17 anos, é a mais nova estudante indígena da instituição. A jovem fez um relato emocionante, que acabou viralizando na internet, após publicação em um dos canais oficiais da UEL.

No último dia 18, a universidade divulgou uma lista com 306 candidatos classificados no processo seletivo do Vestibular dos Povos Indígenas, que garante vagas a estudantes indígenas em diversas instituições do Paraná.

“Tudo que está acontecendo na minha vida hoje, é a realização de um sonho que carrego desde criança, um dos meus maiores desejos era poder dar esse orgulho para minha família, para o meu povo, e minha comunidade, então compreendi que não importava em qual território, eu estivesse, eu precisava lutar, mesmo porque as Américas é território indígena, e agora é com muita emoção que comunico a todos, que estou iniciando a realização dos meus sonhos de infância”, escreveu Eloá, nas redes sociais.

O relato comovente, também homenageou a luta dos povos originários do Brasil, em especial, a comunidade Guarani Nhandewa, da qual faz parte.

“Choro pelos dias difíceis, mas também sou grata porque foram eles que me trouxeram até aqui, e sei que lá na frente serei recompensada, levo no meu peito, para encarar esse novo ciclo a sabedoria do meu povo Guarani Nhandewa, toda diversidade cultural dos povos indígenas do Brasil, e principalmente a força das minhas ancestrais”.

A universidade londrinense ofertou 26 vagas em diversos cursos para estudantes indígenas.

Confira o relato na íntegra:

“Porã Ete agudjewete Nhanderu. Tudo que está acontecendo na minha vida hoje, é a realização de um sonho que carrego desde criança, um dos meus maiores desejos era poder dar esse orgulho para minha família, para o meu povo, e minha comunidade, então compreendi que não importava em qual território, eu estivesse, eu precisava lutar, mesmo porque as Américas é território indígena, e agora é com muita emoção que comunico a todos, que estou iniciando a realização dos meus sonhos de infância. chegar até aqui não foi fácil, mas com a força dos meus ancestrais, meu povo e minha família que nunca desistem e resistem até alcançar seus objetivos, eu também não desisti, tenho consciência que é apenas o começo de uma batalha grande e ancestral, mas não vou parar por aqui, tenho ainda muitas conquistas para serem alcançadas. Choro pelos dias difíceis, mas também sou grata porque foram eles que me trouxeram até aqui, e sei que lá na frente serei recompensada, levo no meu peito, para encarar esse novo ciclo a sabedoria do meu povo Guarani Nhandewa, toda diversidade cultural dos povos indígenas do Brasil, e principalmente a força das minhas ancestrais”.

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